“ZEFA”
“ZEFA”
No nosso caso pela obra feita.
Vamos pela imagem divulgar três espaços de apoio às escolas-
- ZEFA – Centro de Arte Contemporânea
Espaço inquietante e sedutor – A Cidade
Caminho das Pereiras
8135 – 022 ALMANCIL
- ZEFA II – Espaço das origens – “Land Art”
Av. 5 de Outubro – Almancil
O segredo está em juntar na Arquitetura, no Design e na Arquitetura Paisagista, aos valores económicos os valores espirituais (assentes na verdade, na beleza e na justiça).
“A Estética está na diferença de duas coisas” Santo Agostinho.
A Bíblia das artes, segundo Niemeyer, é a palavra DIFERENTE.
4 – HISTORIA DAS ARTES, DA ARQUITETURA E DA CRIATIVIDADE
Sobre a História das artes, da Arquitetura e da Criatividade da minha experiência como aluno, professor e diretor do ZEFA, concluí:
Não é possível criar ICC (Industrias criativas e culturais), desconhecendo os valores da Arquitetura e das outras artes.
- TECNICAS E MATERIAIS
Para adquirir boas técnicas basta trabalhar muito e todos lá chegam. Nas Belas Artes e no AR.CO ninguém se preocupa com este assunto. O que interessa verdadeiramente é que cada um procure, ele próprio, as suas técnicas, estimulando-se assim a criatividade e a inovação.
Quanto aos materiais, se tudo se pode transformar em arte desde que esteja exposto e tenha um autor, o que dizer? Há dezenas de materiais no mercado e noutras situações.
- A ARTE
A Arte é a diferença, a invenção, o exclusivo.
O que dizer mais?
Então qual é o papel do professor? dialogar com os alunos sobre os problemas das peças, desenvolvendo assim a autocritica.
- CRIATIVIDADE
Segundo Damásio a criatividade é a capacidade humana de escolher algumas, dentre as várias possibilidades pré-existentes e mesclá-las, criando algo inusitado.
Criatividade representa a emergência de algo único e original (Anderson1965)
Para Szilard: “O cientista criador tem muito em comum com o artista e o poeta.
A criatividade explora o interior das pessoas, dando-lhes confiança, segurança, coragem, bravura, firmeza, audácia e sempre novidade.
Todos os responsáveis falam de criatividade. De facto, sem ela, estaríamos ainda a lutar com paus e pedras e não com misseis atómicos teleguiados, sem meios de comunicação sofisticados e sem antibióticos.
É um absurdo que a criatividade na Arquitetura e nas Artes Plásticas não seja ainda um dado adquirido.
O arquiteto japonês Toyo Ito, prémio Pritzker, deste ano diz:” Quando um edifício está terminado, eu torno-me consciente, de uma forma dolorosa, da minha desadequação, e isso transforma-se em energia para o desafio do próximo projeto. Assim, eu nunca terei um estilo fixo e nunca estarei satisfeito com o meu trabalho”.
O júri do Pritzker chama-lhe “criador de edifícios intemporais que, ao mesmo tempo, arrojadamente abre novos caminhos”, com uma arquitetura que projeta “ um ar de optimismo, leveza e alegria”.
É extraordinariamente importante que a criatividade nata no individuo, seja estimulada desde a mais tenra idade. Na Educação Visual é imprescindível fomentar nos alunos a liberdade de criação.
Insisto: A criatividade e a cultura dos sentidos deve começar na infância.
Os valores espirituais das Artes – Urbanismo, Arquitetura, Artes Plásticas, Música ... , o respeito pelo património arquitectónico e pelo ambiente são fatores básicos e essenciais para o desenvolvimento do turismo e das cidades.
Quando somos confrontados com as construções novas, com as ruínas, com as marquises, o património arquitectónico destruído, com o lixo e com a ocupação indevida dos espaços, chega-se à conclusão que a Educação Visual falhou.
A comissária da cultura, Androulla Vassilion, da U.E. diz que a arte é um fator de coesão e pode ser uma garantia de sanidade mental. Acrescenta ainda que 40% do turismo que se faz em todo o mundo tem motivações culturais e que a Europa é o destino número um.
O país não tem falta de bons arquitetos e artistas. O que lhe falta é ter uma população esclarecida que compreenda a contemporaneidade da Arquitetura e das outras artes. Ao criarem-se necessidades de contemplação, os museus, os centros de arte, os concertos, as galerias e as próprias cidades vão-se tornando sustentáveis, admiradas e desejadas.
5 de Abril de 2013
Bota Filipe
Acabar com o analfabetismo e estabelecer o ensino obrigatório foi uma vitória extraordinária.
Deixar sair jovens sem uma cultura de compreensão dos valores espirituais relacionados com as artes (arquitetura, artes plásticas, dança . . . . e ambiente), foi uma lacuna incompreensível e desastrosa.
Educar os sentidos, especialmente a visão, é obra lenta, que exige persistência, com início no jardim de infância e na pré-primária, acabando no 12º ano.
Acabar com o analfabetismo e estabelecer o ensino obrigatório foi uma vitória extraordinária.
Deixar sair jovens sem uma cultura de compreensão dos valores espirituais relacionados com as artes (arquitetura, artes plásticas, dança . . . . e ambiente), foi uma lacuna incompreensível e desastrosa.
Educar os sentidos, especialmente a visão, é obra lenta, que exige persistência, com início no jardim de infância e na pré-primária, acabando no 12º ano.
Como ter êxito nesta ação? Como resolver um problema destes, onde o espírito, uma coisa abstracta, entra na ação?
E como criar nas escolas e nos municípios o ambiente favorável à mudança, à diferença, à criatividade e à inovação?
Temos consciência que sem uma força coletiva de todos os presidentes, vereadores, presidentes de junta, técnicos e outros colaboradores em aceitarem, que é urgente, imprescindível e inadiável, a reforma da Educação Visual não terá sucesso.
A solidariedade “um por todos e todos por um “ será possível?
Por estas razões vejo-me forçado a solicitar a Vª Ex.cia se digne dar conhecimento dos nossos e.mail, aos vereadores, presidentes de junta, técnicos e outros colaboradores.
Vamos periodicamente enviar notícias sobre: ZEFA I, ZEFAII e ZEFAIII e outras mais. . . .
Pretendemos divulgar alguns dados básicos ligados à Educação Visual.